sexta-feira, 21 de junho de 2013

Nosso dever como comunistas do PCB: AÇÃO DIRETA




Aos 91 anos o Partido Comunista Brasileiro já viveu momentos de forte enraizamento na massa, já influenciou o pensamento político brasileiro tanto quanto já se equivocou na análise da política nacional, se afastou dos movimentos sociais e de trabalhadores.
Nesses anos todos perdemos camaradas para as fileiras de outros partidos. Camaradas valorosos que, desacreditaram no leninismo, na via revolucionária, cansaram das asperezas da condição de minoria, se frustraram com a nossa claudicante trajetória de alianças, enfim, foram atrás de outros caminhos de luta.
O PCB, esvaziado e traído por dentro pela ação torpe de dirigentes oportunistas por muito pouco não sucumbiu. Foram inúmeras tentativas, desde os idos de 1982 no VII Congresso até a vil atitude de sicários liderados pelo traidor Roberto Freire , tentando no X Congresso fazer sumir a Partidão pondo em seu lugar uma sigla de aluguel, o PPS.  
A resistência de um pequeno grupo de verdadeiros comunistas, comprometidos com a causa dos trabalhadores e defensores  da história do Partido, teve força para manter-nos vivos e na luta. O marco do nosso XIV Congresso traçou finalmente a linha de ação revolucionária que devemos todos seguir na convicção de que assim agindo, estaremos definitivamente no cenário de luta pelo comunismo.
Mas, a tarefa que temos não é fácil. O capitalismo impôs pela força das armas e das ideias seu domínio e arrastou por cooptação amplos setores de trabalhadores e das suas representações políticas para o discurso da democracia burguesa que valoriza a propriedade, que incensa o dinheiro enquanto despreza qualquer ideia de igualdade e justiça.
Somos antes de tudo, um Partido comunista. Não nos perdemos nos discursos de conveniência que pregam a tolerância com os esbirros do capital e com a falsa moral burguesa que dissolve na onda dos direitos difusos a rendição para um mundo de desiguais.
Somos um Partido de lutas, nosso campo de batalha é o terreno dos sem terra, dos sem casa, dos sem emprego, dos explorados, dos sem esperanças e perspectivas. Nossos aliados são todos inconformados, indignados, desesperançados, inertes e amedrontados. Nossa tarefa é armar o povo com as armas do conhecimento, alimenta-los com a ração da indignação, construir a confiança de que, como se referiu Lênin, é preciso sonhar, mas, com a condição de acreditarmos nos nossos sonhos, de compararmos escrupulosamente nossos sonhos com a realidade e agirmos sobre ela com o objetivo de criarmos as condições reais para que esses sonhos se realizem.
Na  Crítica à Filosofia do Direito, Marx afirma:
As armas da crítica não podem, de fato, substituir a crítica das armas; a força material tem de ser deposta por força material, mas a teoria também se converte em força material uma vez que se apossa dos homens. A teoria é capaz de prender os homens desde que demonstre sua verdade face ao homem, desde que se torne radical. Ser radical é atacar o problema em suas raízes. Para o homem, porém, a raiz é o próprio homem[...].
Aos que  defendem o domínio do praticismo como instrumento central da luta, lembremo-los que a prática sem teoria é cega, sem rumo. Numa luta sem rumo, perdem todos que nela se metem.
Mas, tão letal quanto esse equívoco para a luta dos comunistas, são aqueles que  imaginam ser o PCB um partido de intelectuais,  pensadores a  olharem pelas lentes da teoria a realidade e do alto de seus saberes, apontarem caminhos para que outros desbravem o combate contra o capitalismo.
A esses, para quem as tarefas de pensar não se misturam com as de fazer, para esses que imaginam ser o PCB uma marca como qualquer mercadoria, é imperioso alerta-los que a teoria sozinha é devaneio, aventura inconsequente que enfraquece o caráter da luta, que favorece a rendição.  Portanto, devem de pronto, analisarem até onde a intenção que anunciam se coaduna com a disposição para o gesto que constrói             
Não há qualquer espaço para dúvida quanto ao que exige de nós a tarefa a que nos propusemos, de mudar o mundo: AÇÃO.
Assim, não há mais lugar entre os comunistas para quem quer que duvide ser essa a tarefa central de nossas vidas. Não cabe mais na nossa luta quem quer que não consiga claramente e sem pejo apontar como inimigo de classe todos os que agem contra o povo, Não cabe mais nas nossas fileiras quem se recuse a agir, quem não compreenda que somente a interação teoria e prática poderá libertar o povo dos seus opressores.
A hora do PCB é agora e sempre. Esse é o desafio posto para todos nós comunistas. Essa é a tarefa urgente para os comunistas da Base Heron de Alencar do PCB.
Militância e ação direta, sempre.


De norte a sul e no país inteiro, viva o Partido Comunista Brasileiro.